Minha amiga me mandou uma foto essa semana, rindo do marido que etiquetou os porquinhos da decoração. Ele é prático, racional. Ela é sentimento...
Quando vi a imagem me veio a ideia desse post: o que nos leva a gostar de decoração e o que nos faz percebê-la?
Outras perguntas me surgem: porque aquela mesa pé palito passou tão desapercebida durante muito tempo em minha vida e, agora, quando a vejo, suspiro? Por que um livro sobre uma mesa parece torto para alguns e estiloso para outros? Por que um móvel de madeira de demolição é só mais um móvel mal acabado para algum sujeito e um sonho de consumo para outros? Por que o porquinho prateado é um enfeite para a minha amiga e, ao mesmo tempo, para o marido dela é só o lugar de organizar as moedas?
Eu poderia ficar fazendo mil perguntas, se mil respostas eu tivesse. Acredito, sinceramente, que decoração, assim como a arte e tudo o que gira em torno dela, é sensibilidade! E isso não significa dizer que o marido da minha amiga é insensível. Ao contrário: ele só não tem o sentimento voltado para isso. Ele pode focar sua sensibilidade para um monte de outras coisas em sua vida... Mas, para ele, tanto faz o sofá azul ou cor de rosa, mesmo que a segunda cor lhe cause algum constrangimento nos primeiros cinco minutos. Depois vira rotina, esquece...
Pessoas assim, TALVEZ!, não saibam o que é sofrer com a porta mal pintada, o que é ter preguiça de abrir o armário por conta de um puxador horroroso (do tempo do Onça), o que é olhar para foto e não se interessar por ela devido ao porta-retrato cafona...
Talvez sejam mais felizes por serem menos detalhistas. É isso mesmo: o que nos faz perceber a decoração, a beleza de uma arquitetura é, de fato, a nossa mania de detalhe. A pastilha torta que mata, a bunda virada do elefante, a pintura se esfacelando, a etiqueta de fita crepe no objeto de decoração, o quadro simétrico demais ou assimétrico, sem cuidado, a tinta que era para ter o resultado x e teve o y... É isso que nos tira o sono, que nos mata de raiva e que, quando é o contrário, nos enche os olhos...
Oi Leandro, saudades dos seus post! Morri de rir da foto dos porquinhos, se fosse me marido eu tinha matado!
ResponderExcluirMas falando sobre esse assunto, ontem postei sobre cadeiras assinadas, e minha irmã que não entende nada de decoração não deu valor algum as cadeiras clássicas e assinadas, de design premiado e desejadas por muitos há anos! Penso comigo, a beleza está mesmo nos olhos de quem vê?
Bjos!
É exatamente isso Alê... Eu fui a Brasília esses dias e ficava horas só prestando atenção aos móveis e imóveis "assinados"... Nossos olhos são mesmo direcionados para isso, não é!?
ExcluirBeijos!
Concordo plenamente, eu vejo mesas, cadeiras, armários, antigos, e suspiro com a beleza e ás vezes até me emociono de pensar no passado de cada objeto, no que ele significou e ainda significa para a gente... mas nem todo mundo é assim, eu sei... cada um vê as coisas de uma forma... adorei o post!
ResponderExcluirum beijo
Obrigado Vanessa!
ExcluirAbração!
LN
Leandro, parabéns pelo blog, adorei!
ResponderExcluirAinda estou fuçando nele, mas parei para te seguir e agora vou continuar lendo sobre tua reforma.
Bom domingo pra ti.
meularminhadocevida.blogspot.com
Leandro, bacana demais seu blog!
ResponderExcluirQuando li seu texto, fiquei rindo sozinha; porque é assim que penso e me vejo quando se trata de decoração. Adorei e compartilhei no meu face! bj grande, Camila
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