21 de dez. de 2011

Balanço geral de mim mesmo...

Durante muito tempo, quando chegava meu aniversário, eu falava que ia fazer 16 anos. Isso aconteceu sempre, desde os meus 16 anos propriamente, até próximo dos 26, 27, que foi quando eu olhei pra mim mesmo e me perguntei quem de fato eu era. Alguns amigos já sabiam desse subterfúgio e riam de mim... Mas, na minha cabeça, ficar mais velho não era uma coisa tão simples...

A partir do momento que eu olhei pra mim (não sei se para o espelho, para o meu botão ou para o meu umbigo) e resolvi responder alto (mesmo em pensamento) o que eu esperava de mim, o meu modo de encarar a minha idade mudou bastante. Admitir minha idade hoje é algo muito importante pra mim. Quando eu resolvi responder essa pergunta, eu passei a fazer o que realmente queria (e isso significa seguir meu corpo, minha mente e meus sentimentos), decidi enfrentar a terapia e, principalmente, rever minha relação com meus amigos e, a ênfase aqui ainda é maior, a minha relação com a minha família.

Hoje eu tenho 30. Exatamente hoje eu tenho 30. De repente 30? Não. Não por acaso 30. É preciso força pra chegar aos 30 e entender se todos esses anos foram bem vividos. Não, eu não vivi esses 30 anos tão bem vividos. Eu procuro, diariamente, viver melhor os meus dias, para que eles façam meus meses melhores e, consequentemente, meus anos fiquem menos politicamente corretos, menos caretas, mais leves, menos metódicos, menos quadrados, mais agradáveis... Também não vou chorar o leite derramado...

E o que isso tem a ver com a reforma lá de casa? É que o "lá de casa" é fruto de uma independência sentimenal e financeira que eu conquistei. A reforma é uma mudança física do apê, mas também o é dentro de mim todo dia. A poeira que espalha, que entra pelos cantos, os canos aparentes, as infiltrações, as conexões elétricas... Isso tudo que ocorre, com tanta intensidade e sentimento, dentro da gente...

Com essa reforma eu me fiz melhor. Eu me construi e me conheci nos atrasos, nas contas pra pagar, no tijolo e no detalhe do revestimento... Detalhe...

Há trinta anos eu nascia. Mas nasço todos os dias de novo, quando me descubro diferente do que eu era há 30 segundos...

16 de dez. de 2011

Debaixo do nariz...

Lembra da caixa/cesto que queria comprar para colocar no banheiro? Então, tomei coragem e fui até o Marcado Central de BH e procurei eeeee... Encontrei! Exatamente como eu queria! Talvez um pouco mais escura ou um pouco mais larga, mas muito próxima do que eu desejava. E o melhor de tudo: só 40 pilas...

Eu encasquetei que queria algo tipo peneira de roça, sabe? E acabei encontrando lá, igualzinho eu queria... Além disso o trabalho é muito bem feito. Eu até peguei um cartão para falar o nome da loja aqui, mas perdi no trajeto de ônibus... Mas a marca é Artesanall Imports e eles têm site. Clique aqui e confira! A caixa que comprei é essa!

Quem quiser ir até o Mercado Central de BH é só ir no corredor de artesanato. A loja é uma das primeiras e a atendente é doida de pedra e nos coloca pra trabalhar pra ela. É o maior barato. Eu fiz duas embalagens para dois clientes enquanto ela fazia a minha. No final ela me pediu para eu ensinar ela fazer alças no embrulho para que ela ajudasse os outros clientes. Sangue bão!

A dica desse post é, portanto, se você colocou algo na sua cabeça, não compre a primeira coisa que lhe aparecer. Procure sempre, mas procure com calma. De duas, uma: ou você encontra o que quer ou, na busca, encontra algo melhor que supere suas expectativas. Tá, tudo bem, a dica soa algo escrito pelo Paulo Coelho, mas é mais ou menos isso mesmo...

:: FÉRIAS MERECIDAS ::


Estou no Nordeste e muita coisa bacana por aqui. O que mais me agrada nas construções aqui são a madeira, as cores e os tecidos florais.

Em Trancoso eu visitei uma galeria de arte que vale muito a pena: Galeria Fulô. Tudo de muito bom gosto, desde a arquitetura da galeria até os objetos, que na maioria das vezes são feitos com materiais do local, como sementes, por exemplo.

No caminho para a Praia dos Espelhos eu parei para conhecer uma aldeia indígena e fiquei impressionado com o artesanato deles. E os preços?

Eu estava procurando uma tábua de madeira para colocar sobre a bancada de granito da cozinha. O granito que coloquei é bonito, mas risca com mais facilidade que os demais, é verdade. Gostei de uma tábua mínima na ToolBox por 70 reais. Tava ensaiando para comprar. O melhor é que encontrei aqui por 30 reais!!! Isso mesmo. Além de ser maior e mais bonita, ela tem mais história, por ter sido comprada numa viagem e talz...

Para aproveitar os preços comprei uma petisqueira e umas colheres de casca de coco, que tinha visto em Tiradentes por volta de 130 reais e aqui paguei 15, kkkkk!

10 de dez. de 2011

Ao consumidor, com respeito

Baseando-me nos blogs de reforma que leio, acho que nem tive problema com a minha. Tudo correu bem, com aqueles atrasos todos que sempre ocorrem, com algum probleminha de prumada e tal, mas né?

Não sei se comentei aqui, mas todo o revestimento eu comprei com bastante antecedência e paguei tudo à vista, para aproveitar o desconto. Até aí morreu bahia. Terminada a reforma comecei a receber cobranças... Isso mesmo. A estória toda você confere no documento* que enviei para o setor de cobrança da ABC (uma das representantes da Portobello aqui em BH):

CARTA DE RESPOSTA  A COBRANÇAS  INDEVIDAS
Ao setor de cobrança da  ABC - Atacado Brasileiro da Construção
Filial Lourdes
Av. Olegário Maciel, 1699.

Prezado(a) Senhor(a),

Efetuei uma compra de mercadorias na ABC – Atacado Brasileiro da Construção no dia 21 de Maio de 2011, no valor total de R$ $$$,00. A forma de pagamento desta quantia foi “à vista”, conforme cópias dos orçamentos anexos.

Não obstante essa quitação, foram processados dois boletos bancários em meu nome, para pagamento do valor de R$ $,00 e com vencimentos em 20/10 e 30/10, respectivamente. Objetivando saber a que se referia tal quantia, já que não havia restado nenhum débito com o ABC, nos dias 19/11 e 27/11 entrei em contato, via correio eletrônico, com a vendedora XXX que, em resposta, disse: “(...) estou entrando em contato para te tranquilizar em relação ao boleto com vencimento para 20/10 (…) o ABC vai quitar esse boleto.” O inteiro teor das respostas foi anexado a esta correspondência.

Apesar de ter sido informado de que a empresa quitaria o boleto, isso não ocorreu e recebi uma carta de cobrança, emitida em 23/11, relativa ao vencimento de um título no valor de R$ $,00. Compareci à filial do Bairro de Lourdes no dia 28/11 a fim de obter esclarecimentos sobre essa cobrança infundada. Nesta oportunidade, fui novamente informado de que o ABC quitaria o título e, na carta, foi atestado o pagamento, por meio de carimbo assinado pelo gerente de vendas, XXX. Contudo, transcorridos dois dias, recebi nova carta de cobrança, com conteúdo incisivo e constrangedor quanto à falta de pagamento do suposto débito, conforme as frases seguintes: “Pela segunda vez constatamos que seu débito não foi quitado. Sabemos com certeza que V.Sa. irá preservar seu crédito(...). As cópias das cartas também foram anexadas.

Como o envio de duas mensagens eletrônicas e o comparecimento à filial da empresa não foram suficientes para a solução deste equívoco do ABC, que pode macular meu crédito comercial, solicito formalmente a certificação definitiva da quitação do débito mencionado e o cancelamento de qualquer registro de títulos vencidos e não pagos em meu nome.

Atenciosamente,

Belo Horizonte, 01 de dezembro de 2011.

Bem, até agora não obtive resposta nenhuma, mas pelo menos não recebi outra cobrança. Protocolei essa carta com todos os documentos que comprovam os fatos anexados. Vou esperar uns dias, caso chegue uma nova cobrança ou meu nome vá para os serviços de proteção ao crédito, entrarei com o caso no Juizado Especial de Relações de Consumo. Lá é tiro e queda!

E por que não o Procon? Bem, para quem não sabe, o Procon  tem como objetivo dar proteção jurídica e técnica aos consumidores. Isso é feito por meio de orientações e da intermediação dos conflitos entre os consumidores e os fornecedores. Já o juizado, além de intermediar os conflitos, como o Procon, soluciona causas cíveis  e penais de menor complexidade. Busca-se sempre a conciliação, mas, caso não haja, o Juiz julga o caso e decide o que será feito. A grande diferença é que o mesmo local dá conta das duas coisas. Fica a dica!

*O documento foi produzido com a consultoria da amiga ("quase" advogada) Larissa Cabral.